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Jul 29, 2023

O que é Spirit Photography: Fraude ou Fenômeno?

É possível ver seus entes queridos depois que eles falecem? Os fotógrafos espirituais têm uma resposta para você. As imagens misteriosas de figuras fantasmagóricas impressionaram as pessoas por décadas e ainda hoje intrigam o público que conhece bem os truques dos fotógrafos. Mas como exatamente eles fizeram isso e havia algum fantasma real envolvido? Continue lendo para saber mais sobre a fotografia de espíritos.

Rotular a invenção da fotografia simplesmente como mais uma descoberta na história da humanidade seria um eufemismo. Este evento inovador não apenas mudou radicalmente as formas de registro e transmissão de informações, mas também reduziu significativamente as barreiras de distância e tempo. Pela primeira vez na história da humanidade, tornou-se possível testemunhar um evento sem realmente comparecer ou olhar para o rosto de alguém que pode não estar mais vivo. A impressão foi tão intensa que as possibilidades da nova tecnologia pareciam ilimitadas para muitos. Alguns acreditavam que a fotografia poderia quebrar a barreira entre os vivos e os mortos, não metaforicamente, mas fisicamente. Naquele momento de confusão, surgiu o fenômeno cultural da fotografia de espíritos.

Na década de 1860, várias técnicas de fotografia já eram familiares ao público. O mais popular usado nos Estados Unidos envolvia o chamado negativo de vidro (uma placa de vidro coberta por uma emulsão sensível à luz). A emulsão escureceu as partes de uma fotografia que eram as mais claras na realidade, criando uma imagem reversa, porém precisa. Em seguida, um fotógrafo revelou o negativo e imprimiu a imagem final.

A nova tecnologia exigia experimentos intermináveis, de modo que a história da manipulação fotográfica é quase tão longa quanto a própria história da fotografia. Embora existissem inúmeras maneiras de criar a ilusão de um espírito flutuante, os historiadores não recuperaram todas elas, deixando ainda um elemento de mistério. Os métodos comprovados mais populares apresentavam a sobreposição de vários negativos durante o processo de impressão para que as imagens aparecessem na mesma foto.

Outra técnica era simplesmente usar uma placa suja após o uso anterior. Como resultado, a nova fotografia foi desenvolvida junto com os contornos de outra. Claro, diferentes técnicas produziram resultados diferentes. Por essa razão, as fotografias de espíritos apresentavam uma variedade de fantasmas: alguns apareciam como figuras semitransparentes, alguns como estranhas bolas de luz e alguns como cabeças flutuantes semelhantes em densidade às dos vivos.

A fotografia de espíritos não deve ser confundida com outro fenômeno da época, a fotografia post-mortem. Fotografias post-mortem apresentavam os corpos físicos de parentes falecidos de alguém, provavelmente crianças ou mães que morreram no parto. Embora as próprias fotos fossem mórbidas, o desejo de capturar um ente querido morto ao lado de sua família viva pelo menos uma vez é bastante compreensível. Antes do advento da fotografia, os artistas às vezes também pintavam retratos post-mortem. A fotografia de espíritos tinha essencialmente o mesmo propósito, mas nunca usava corpos reais, utilizando manipulação fotográfica de vários tipos.

A primeira pessoa a tirar uma foto de um espírito foi William Mumler, um gravador e fotógrafo amador de Boston. Em 1861, Mumler estava trabalhando em um autorretrato. Mas Mumler não era a única pessoa na foto. Atrás dele apareceu a figura de uma mulher, que Mumler identificou como sua prima morta há muito tempo. Esta história contada por Mumler foi o início de uma mania duradoura sobre a fotografia de espíritos.

A descoberta de Mumler aconteceu logo no início da Guerra Civil Americana. Sentindo o ar saturado de morte e luto, Mumler viu uma oportunidade de negócio perfeita, abrindo uma oficina de fotografia em Boston. Ele não estava trabalhando sozinho. sua esposa, Hannah Mumler, estava envolvida no processo. Enquanto Mumler estava ocupado com a parte técnica, Hannah atuou como médium, alcançando os parentes falecidos de um cliente e pedindo que se revelassem na fotografia. Outro fato curioso era que Hannah era uma fotógrafa treinada, ao contrário de Mumler. Eles se conheceram em um estúdio fotográfico que era o local de trabalho de Hannah que Mumler alugou para seus experimentos. Alguns historiadores acreditam que foi Hannah Mumler e a dona do estúdio Helen F. Stuart quem inventou a técnica e desenhou o esquema de negócios que se seguiu.

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